Image Alt

Papa Bem

  >  Creches   >  Respeitar os sinais de fome e saciedade das crianças

Respeitar os sinais de fome e saciedade das crianças

As quantidades de alimentos oferecidos devem ser adequadas às idades dos bebés e das crianças e devem ser eles a determinar o quanto querem comer. Não se deve pressionar as crianças a comerem, seja com distrações, raspanetes, prémios ou elogios. As crianças nascem com capacidade de regular as quantidades de alimentos que devem consumir em função das suas necessidades. Reconhecer e respeitar desde cedo os seus sinais de fome e saciedade vai ajudá-las a manter esta capacidade.

No caso de bebés, é aconselhável segurá-los ao colo para oferecer o biberão. Nas refeições sólidas, é importante sentar-se de frente para os bebés. Assim será mais fácil interagir com o bebé e reconhecer os seus sinais.

A partir de um ano de idade, mais ou menos, é fundamental que as crianças tenham uma rotina de refeições organizada. As refeições devem ser momentos agradáveis de convívio e aprendizagem. As crianças devem estar sentadas e sossegadas, mas sociáveis. Devem ser incentivadas a comer sozinhas, ao seu ritmo, e a reconhecerem e respeitarem os seus próprios sinais de fome e saciedade. É desejável que os adultos se sentem também à mesa, comam junto com as crianças, incentive-as a comer calmamente e estejam atentos aos seus sinais.

É compreensível a preocupação com as crianças que comem pouco e que demoram muito a comer. Os casos mais extremos devem merecer uma atenção especial conjunta por parte das instituições, pais e equipas de saúde. No entanto, é necessária atenção para detetar situações pontuais, pouco preocupantes ou que podem ser corrigidas com medidas simples. São exemplos destas situações:

  • crianças que apenas num determinado dia ou refeição não têm apetite
  • crianças que comeram muito na refeição anterior ou, eventualmente, andaram a petiscar e, por isso, não têm fome
  • crianças que não gostam de todo de um determinado alimento
  • crianças que se distraem facilmente

Em todos os casos é importante lembrar que as associações positivas são essenciais para que as crianças aprendam a gostar verdadeiramente dos alimentos e das refeições. Se uma criança é sempre obrigada a comer tudo o que lhe é servido e se a sua alimentação é sempre tema de conversa, comentários e raspanetes, será muito mais difícil que ela goste do que está a comer e aprecie o momento das refeições.

O exemplo dos adultos próximos é também fundamental.